terça-feira, 27 de novembro de 2007

Almas duais

Nesta metamorfose que sou
Passo pela vida
Meio borboleta
Meio mulher
Meio gente
Meio sem saber o que sou
A vida as vezes pára
E me encara
Ficamos ali
Paradas
Uma olhando para a outra
Sem nos conhecermos
Não percebi
Quando a vida se tornou tão estranha para mim
E nem o quanto nela
Quase nada cabe de mim
Parece loucura
Talvez seja
Melhor que seja
Não suportaria a normalidade
E nem a languidez da vida medíocre
Nem todos me entendem
Na verdade
Poucos me entendem
E prefiro assim
Poucos, loucos
Almas duais como eu
Espíritos sem rédeas
Soltos, absortos
Num mundo paralelo
Essa visão do puro obscuro
Selvagem natural
Encanto real
Solidão essencial

giovana mendhes.¸.•*ੴ

Um comentário:

Pauwinha disse...

Está perfeito!
Parece loucura, mas identifico-me muito com os teus textos e acho que posso afirmar que te compreendo.