terça-feira, 30 de setembro de 2008

Agora


Não é diferente
Tudo continua igual
É que só agora
Eu consigo ver
Com olhos de verdade
Agora
Como antes eu não via
Não conseguia
E num instante
Tudo se fez claro
A realidade se mostrou
Mas não se fez estranha
Ela sempre esteve ali
Aqui
Eu que não a via
Talvez
Porque naquele momento
Não deveria
Mas agora...
Agora tudo continua igual
E apesar de às vezes
A realidade me ferir
Eu não sinto dor
Porque em mim
Agora
Só quero o que for real
É o meu ideal
Agora

giovαnα mendhes .¸.•*ੴ

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

O que é natural... Carnal

Ela sentia
Era instinto
Aquele desejo
Aquecendo
Excitando
Umedecendo
E ali
Ia acontecendo
Lucidez insana
Opção pelo prazer
Um paraíso perdido
Onde tudo é possível
Alimentando o desejo
Se entregando
Sentindo
Desapego ao pudor
Anseio ao despudor
Caminhando
Entre o prazer e a dor
Gota de maldade
Destoando
Tudo o que é moral
Despertando o imoral
O que é natural... Carnal

giovαnα mendhes .¸.•*ੴ

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

De outro jeito... Eu não conseguiria


Não sou tão amada
O quanto gostaria de ser
Às vezes sou amada
Mais do que posso corresponder
E a felicidade para mim
Que sou um ser inconstante
É algo difícil de afirmar que exista
Vivo naquela linha tênue
Entre quase felicidade
E a tristeza profunda
Mas de outro jeito...
Eu não conseguiria viver
Deve ser essa minha tendência à borboleta
Essa alma em metamorfose
Que não sabe o que é ser uma
Sem ser várias...

giovana mendhes.¸.•*ੴ

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Além

É tudo além do que se vê
Às vezes só sei chorar
E mesmo entre lágrimas
Eu só sei gozar

É tudo além do que se vê
Nada é tão feio ou tão bonito
Quanto você vê
É tudo além

Meu amor
Meu ódio por você
A minha indiferença
A minha necessidade
De você
É tudo além

Você pensa que me vê
Mas eu sei
Você nunca me viu
Você nunca foi além
Será que você consegue?

A inconstância de ser muitas
Me persegue
E por isso estou além
De tudo que é normal
Natural

Eu sou o sobrenatural
O comum
Sem ser igual
Você entende?
Eu sei
Você não consegue
Não assim
Sóbrio

Se embriague em mim
Solte-se no meu mundo
No meu eu
Que às vezes
Pode ser teu
Sem nunca ter deixado
De ser meu

Eu sou assim
Muito além
Do que se pode ver
Do que se pode ser
Do que se pode ter

giovana mendhes
.¸.•*ੴ

sábado, 6 de setembro de 2008

Tudo o Que Flui (dueto giovana mendhes e Karla Bardanza)


Contei para as flores
as coisas sagradas do meu coração.
Desenrolei as nuvens
Para deitar a minha poesia
E diante de meu olhar deserto,
O instante foi de desmedida alegria.

Sintonia de estrelas,
Sagrada lenda de mim mesma,
Minha vida, tão nobre vida
É uma singela margarida
Abraçada ao luar.
É um mosaico em brumas
E espumas.
Camélias e tulipas
São pipas em lamento.
Meu tempo é o meu mito.

E minha alma de borboleta
Nesta imensidão
Mesmo quando tudo se faz cinza
De tristeza
Só sabe ser o que é o azul
E nele mergulha sem medo
Em sonhos avulsos
Complexos, conexos
Entre devaneios e lucidez

Então me vejo mais uma vez
No meu mundo
Onde tudo se faz flor
Coração e poesia
Num tempo onde a cor
Se faz a flor da pele
Onde o luar cúmplice das estrelas
Alumia
Inspira
E tudo o que flui de mim
É poesia

giovana mendhes e Karla Bardanza