quinta-feira, 30 de setembro de 2010

"Movimento"


Por mais amarga
Líquida
Parada
Que eu aparente ser
Algo aqui dentro de mim
Não desiste
Não cessa
Vibra
Mesmo quando a vida não me vê
E quando você passa por mim sem perceber
Que mesmo inerte
Eu tenho "movimento"
Minha mente não pára
Minha alma não se cala
E assim, entre borboletas e devaneios
O meu corpo é levado
Arrastado
Para o vórtice da minha realidade
Promiscuidade de sentimentos
Lágrimas doem
Risos caem
E aqui dentro... impetuosidade
Dilacerando, passando por cima
Te mostrando que aqui não é o teu lugar
Não aqui junto de mim
Porque de você
Eu não quero fragmentos
Quero inteiro, intenso
Desassossegado
Por isso... Volta
Volta para o teu mundo
Para o teu lugar
Porque aqui
Não é o teu lar
Não vamos gastar o nosso tempo em vão
Porque nem sempre o coração tem razão

giovana mendhes

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Do mar... Do amor... Variáveis


Amor?
Amor é feito o mar
Um dia tranqüilo
Acolhedor
No outro, ondas revoltas
Assustador
Fascina
Nos faz ter vontade de mergulhar
E na verdade
Nós sempre mergulhamos
Nos entregamos
Sem receio
De volta à tona
Como saber o que esperar
A mansidão de um mar calmo
Ou a devastação de um tsunami?
Variáveis do mar
Ou seria do amor?

giovana mendhes

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sobrevivendo

É estranho
Tanta estranheza
É natural
Tanta incerteza
Por que não seria assim?
A vida corre...
Diante...
Dentro... Para mim...
Em mim
Sem delicadeza
Rasga, sangra
Incendeia
Não faz questão de sutileza
É intensa
Choros arrancados da alma
Dramas de uma vida dolorida
Risos escancarados do coração
Escândalos de uma vida divertida
Imensidão de sentimentos
Opostos convivendo
Sobrevivendo na inconstância
De um ser
Que de si não consegue arrancar
O prazer de ser “dual”

giovana mendhes