Aroma envolvente que me deixa Zonzo, dependente Envolto em pensamentos Duvidosos, maliciosos, quem sabe até inocentes O teu cheiro, teu perfume de limão
Língua que percorre e sente Inebriada no seu corpo quente Mistura de cheiros, gostos e desejos Afrodisíaco...teu suco feminino O teu cheiro de limão
Eu não queimei de desejo Nem gemi de prazer Ao primeiro toque seu Mas eu senti Na primeira vez No primeiro olhar Na primeira vida minha Que você era para mim Que te queria assim Despido Vestido apenas de si O desejo que me inflamava Não queimava o corpo Ele ardia a alma Incendiava E te chamava Para mim Dentro de mim Em mim Num orgasmo único Transcendente Exaustão dos nossos corpos Fortalecedor de nossas almas Quanto mais te sinto meu Mais você me possui Enquanto nossos corpos se deleitam no prazer Nossas almas se completam no sublime No ato único de amar além do que pode ser visto Um amor que ultrapassa vidas Que sempre renasce Nunca se esquece E eternamente se reconhece
É no silêncio da madrugada Que os pensamentos vêm Insanos, misturados Lúcidos Tudo quieto E aqui dentro Nada se cala Palavras, frases Vidas inteiras Vividas em uma madrugada Em um único pensamento Dores sentidas Ressentidas Talvez esquecidas Mas não abandonadas Fazem parte, completam Se fazem necessárias Caos íntimo Pensamentos livres Meus Que são seus Que se perdem sem donos Que se lançam sem medo Sem pudores Ousam Alçam voos Levados, inspirados Tecidos pela alma...
Nesta metamorfose que sou Passo pela vida Meio borboleta Meio mulher Meio gente Meio sem saber o que sou A vida as vezes pára E me encara Ficamos ali Paradas Uma olhando para a outra Sem nos conhecermos Não percebi Quando a vida se tornou tão estranha para mim E nem o quanto nela Quase nada cabe de mim Parece loucura Talvez seja Melhor que seja Não suportaria a normalidade E nem a languidez da vida medíocre Nem todos me entendem Na verdade Poucos me entendem E prefiro assim Poucos, loucos Almas duais como eu Espíritos sem rédeas Soltos, absortos Num mundo paralelo Essa visão do puro obscuro Selvagem natural Encanto real Solidão essencial
Sentada a porta da minha existência Entre cacos e restos
Alguma lembrança de mim permanece Ligada, escondida atrás das lembranças que de ti ficaram Guardadas, impregnadas a mim Um misto de sentimentos que me faz a mim desconhecer Me esquecer
Durante muito tempo acreditei saber Iludida, perdida na vida da tua vida Aquela que pensei ser minha
Engano meu Um erro meu
Agora parece ser tarde Inatingível Nadar rumo a mim Desse ser tão estranho Arredio que me tornei
Perseguida por fantasmas Uma vida de mentiras Dominada Esquecida Ressentida no final
Me perdi E hoje não mais me encontro
Então permaneço Nesta inércia humana Coração vazio O silêncio da alma Neste caminho Traiçoeiro que é o amor Revirando o passado Atrás de alguém que lá ficou Resgatando (tentando) o que de mim restou...
Perguntas sem respostas Até quando? Máscaras e fantasias Um mundo fechado Alheio Feito de mentiras e hipocrisia Dominado pela mente doentia Dos que se acham perfeitos Dos que fecham os olhos Enganam a si próprios Castigando seus semelhantes Sendo exemplos de uma verdade hipócrita Que se esconde, não vê Que se diz digna Enquanto a fome se alastra na esquina Que humanidade é esta? Que mentes brilhantes são estas? Destroem, matam, roubam Se vendem, compram E não cuidam Não cuidam da vida Do próximo Do futuro É tudo uma questão de opção Passar pela vida se escondendo Atrás de "conceitos hipócritas" Ou estar em constante renascimento Em constante vida Cuidando, preparando Aguardando um futuro melhor...
Ardendo em mim (novamente) Resquícios de você (veemente) Do teu corpo quente (mente viaja) Encaixado ao meu (corpo arde) Num delírio (loucamente) Tórrido, envolvente (sente, quente) Embate ardente (ardente de tesão)
Mente que se diz racional Julga sem pena Maledicência espontânea Instinto somente humano Se veste, se disfarça Pura hipocrisia Malícia insana Quase nunca se cansa Se fecha e lança Na sua gana humana Na sua dita superioridade Nenhum outro animal o alcança Nenhum outro pode ser tão desleal Quanto o tal bicho homem Vestido nos seus valores corrompidos Impregnando com seu fel maldoso Veneno humano De quem por si... Julga a todos!
Parada ali Prostrada diante daquilo Que se dizia ser meu Ser eu Somente um som eu ouvia O da solidão Do vazio que dentro de mim se fazia Barulho ensurdecedor Mas que ninguém ouvia Apenas eu Trancada em lembranças Que ninguém sabia Mas que eu não esquecia E nesse não acreditar No não reconhecer do que seria ser meu Ser eu Você era o que me restaria Mas de mim se perdeu Ou se escondeu Só eu não percebia E agora nessa estranha que sou eu Reconheço o vazio que sempre me pertenceu E me lembro que esta sou eu...
Queria não ver meus dias amanhecendo Sem ter nas noites sonhado Queria dormir e acordar Queria só chorar Quem sabe esse vazio Essa solidão acabasse Queria não ser essa Que espera Talvez se tantas coisas Eu não aceitasse Algo aqui mudasse...
Nos teus olhos os meus descansam Teu abraço e em mim a calmaria O aconchego do teu corpo O calor das tuas palavras ditas em silêncio Afastando a tempestade d'minha alma Sonho, te sinto Me sinto Solta nos teus braços Lágrimas viram risos Incontidos de alegria Ecoando a minha verdade Minha felicidade A minha necessidade de você Do que sinto por você Sentimento que faz renascer Florescer E não me deixa te esquecer
Variante Desvairada Borboleta contra à luz Atordoada Em meio a tormenta Nada faz sentido Teria que fazer? Dias Noites Sonhos ou pesadelos Importa? Nada parece realidade Enquanto tudo é tão real Perdida no meu lugar Em lugar nenhum Coberta de receios Encoberta de indecências Acaso premeditado Era para ser assim? A resposta está em mim Escrita em todo lugar Corpo, pele, poros Pode ler para mim? Não diga que sim Seria o fim Você entende, não é!?
Cada movimento A respiração Lentamente Em cores, cheiro, gosto, corpos Incendiando Dentro de mim, em mim, você Ofegante, vibrante, sedenta Serpenteando pelo seu corpo Caleidoscópio íntimo Ocultando, mostrando, tons, cores... tara Prisma de desejos Incandescente, indecente Obsceno caleidoscópio
Dentro de tudo que me parecia certo O certo não me fazia sentido Apenas o errado me atraia Me trazia cada vez mais para perto Perto do começo do fim Do meu fim Onde eu me perdia A minha essência esquecia E o passado se repetia Meus olhos viam Se surpreendiam Mas no fim Se rendiam Meu coração arredio Fingia Mas... Sabe que sem ele eu nada seria E que por ele eu me acabaria E mesmo assim... Era só ele que eu amaria
Hora de voltar para mim Asas cansadas Coração quebrado Aceitar a dor Me isolar Casulo íntimo Exorcizar Reclusão dos sentidos Metamorfose dos sentimentos Doídos, doloridos, sofridos Águas traiçoeiras Mágoas do amor Transformam Levam, arrastam Devastam Cansada...eu só quero voltar para mim!
Tento, mas continuo te vendo Um segundo e tudo volta A tua lembrança, os momentos
A ausência castiga Um mito seu aqui dentro de mim Sinto sua falta Esse tempo que passou Nada adiantou, nem trouxe o alívio do fim Continua a tua presença Invísivel e presente Atormetando a todo instante
Enlouquece, entristece Não me deixa Lentamente a vida vai passando Os dias se arrastam Uma escuridão, um breu da alma Que tomou conta da minha existência Uma noite eterna nos dias claros E assim, perdida na escuridão da ausência Continuo a esperar E quem sabe um dia
Entre a escuridão você irá surgir
E então, o sol vai aparecer Sentimento vai resnascer Clareando os dias meus Unindo nós dois mais uma vez Rabiscando nossa história Em raios de sol Cintilando, refletindo Esse gostar que sempre foi nosso
Absoluto amor
Ainda que distante Longe, sempre volta Mais que corpos, mais que carne Amor de alma...absoluto amor!
Amanheceu, Mesmo que tarde, Amanheceu dentro de mim Meus olhos se abriram para a realidade Meu coração chorou Mas preferiu a verdade, a guardou... Para não mais esquecer E para na noite escura das mentiras Nunca mais se perder O tempo irá passar Os dias serão cada vez mais claros dentro de mim E quando a noite da minha essência cair Haverá o luar para iluminar Me fazendo brilhar Na tranquilidade da escuridão De quem busca e vive na verdade...
Lenta Intrinsecamente Na minha boca Guiada pela tua Um desejo Aliciado pelo teu beijo
Corrompido por palavras Ouvidas, sussurradas Recitadas, excitadas Tomando, me tomando A ti me entregando No meu corpo a tua inspiração Ditando, dilatando O meu desejo, o teu prazer
Orgasmo poético
Clímax lascivo Envoltos Unidos, encaixe perfeito
De poesia e carne A palavra que excita
Boca que recita O corpo que incita Cio de poeta A alma dos amantes
Você sabe o quanto Você viu como E nada fez Me deixou invisível Preferiu não ver Que era você que eu buscava Era por você que eu esperava E que tudo em você me completava Entreguei a você todo o meu sentimento Me mostrei inteira Frágil, fêmea Que grita, chora Mas que acima de tudo Ama E por tanto amar Desisto Não insisto Te deixo, com os teus medos Os teus fantasmas E a tua forma egoísta de amar...
Quero você Uma noite, duas...quem sabe!? Amar pelo prazer Leviano prazer Queimar, sentir, desejar... realizar Umedecer, lamber, gozar Entre pernas, línguas e bocas que se devoram... Risos de quem se diverte com o prazer...te ligar amanhã, quem sabe!?
Guardo de ti as lembranças Os momentos... Vago por eles vazia Tentando (me) encontrar... No meio de tudo Resgato o que um dia Por ti perdi A minha tristeza... Velha companhia Esquecida Quando o (teu) amor Ainda me coloria... E ela agora Não retorna sozinha Traz consigo pedacinhos Que de mim juntou Cada um deles traz em si As marcas (suas) que ficaram em mim Abrindo assim (em mim) feridas Que o tempo não cicatrizou E o (meu) coração não suportou... E num pranto silencioso Se fechou...
Por favor, se usar algum texto coloque os créditos do autor... Não só nos meus, mas em qualquer texto que faça uso e que não seja da sua autoria... Nós autores (mesmo reles como eu), agradecemos. Muito Obrigada! giovana mendhes