sexta-feira, 27 de junho de 2008

Erro Sempre


Talvez o meu erro
Seja não me calar
Mas erro sempre
Nunca aprendo
E pago o preço
Catando
Pedaços do meu coração
Espalhados pelo chão
Confusa nesse turbilhão
E eu já não sei mais...
Queria entender
Mas não consigo
Não agir com a emoção
Para mim é impossível
É quando me esqueço
Da razão
E não me calo
Talvez esse seja o meu erro
Talvez...

giovana mendhes
.¸.•*ੴ

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ela sempre volta!

Gosto de fruta nos lábios
Brilho do sol nos cabelos
Uma alegria nos olhos
Que contagia

Feito borboleta em busca da luz
Faz o seu caminho
Pousa
Guarda lembranças
Voa mais uma vez
Atrás da sua felicidade

Faz promessas aos céus
Cultua o natural
Ainda mais o sobrenatural
Em noites de lua
Transformação

Vai ser sempre assim?
Quem sabe?!
Ninguém precisa saber
Ela só quer viver

Então quando ela chegar
Deixe-a entrar
Só não a impeça de partir
Quando a hora chegar
E aí...
Ah, e aí quem sabe
Um dia ela volta

Ela sempre volta!

giovana mendhes
.¸.•*ੴ

Me Inspire

Paira no ar um fascínio
Instiga os sentidos
Quase vertigem
Corpo suspenso
Em pensamentos
Loucos, insanos
Sonhos e desejos
Se misturam
Eu tento respirar
E desse entorpecimento sair
Mas é como se cada vez mais
Eu inalasse você
Te trouxesse para dentro de mim
Mesmo sem querer
E eu te respiro
Enquanto nessa loucura
Você é a minha única inspiração
Então venha
Me inspire
Até que não mais me falte o ar
E nem a poesia
Que com você me completa...

giovana mendhes
.¸.•*ੴ

terça-feira, 24 de junho de 2008

Poesia Secreta

Pode ser que para mim
Você não volte
E nem o meu sofrimento
Você note

Mas à noite
Quando a tua ausência dói
E o meu corpo o teu clama
Eu peço, te peço
Aos deuses, ao universo
E espero... Te espero

E quando amanhece
Mais uma poesia secreta
Nasce
Escrita em versos suplicantes
Rabiscados em mim
Tatuados em minh’alma

Solta em devaneios
Em palavras versadas
Vejo a noite novamente chegar
Sorrateira e companheira
Nessa minha espera
Nessa tua ausência

E tem momentos que esta tua falta
Não pode ser versada
Porque uma poesia de amor
Não merece tanta dor
Nem tanta espera

Quando os versos se calam
E o sal dos olhos queima a face
Eu sei
Que essa espera é em vão
E mesmo assim
Eu vou enganar meu coração
E vou continuar... Te esperando!

giovana mendhes
.¸.•*ੴ

Gota de Maldade


Cabisbaixa a menina passa pela vida
Deixando por onde passa pena e compaixão
Mas quem a vê não imagina
Não sabe
Que a maldade fez dela sua moradia
Não sente
Que em lugar do coração
Um depósito de fel se fez
Não sabe
Que a sua alma há tempos ela perdeu
E que por trás desta máscara sofrida
Ela guarda uma felicidade sórdida
Um prazer mórbido
De quem se alimenta de tudo que é mundano
Sujo e obscuro
Não foi a vida quem a deixou assim
Esta até que foi amável com ela
A sua alma a fez assim
Nela já veio plantada a semente daninha
A de que no mundo só faz sofrer
E não adianta ninguém tentar entender
Menina que nasceu com a alma vendida
Nem a morte pode impedir
Que nesse mundo
Ela siga o seu destino
Deixando por onde passa
A sua gota de maldade...

giovana mendhes
.¸.•*ੴ

domingo, 22 de junho de 2008

Refém

Te procurei
Mesmo quando a razão me dizia
Que não adiantaria
Te implorei
Mesmo quando a tua indiferença
Pouco de mim fazia
Esqueci de mim
Coisa que você já tinha feito
Mas eu embriagada
Inebriada em você
Por você
Não percebia
Me submetia
Aos teus descasos
Ao teu desdém
E deste amor
Me tornei refém!

giovana mendhes
.¸.•*ੴ

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Existem Respostas?


No final das contas
Todos são iguais
Quando as cortinas se fecham
A verdadeira face se mostra
Rivais de suas próprias máscaras
Prisioneiros de seus egos
Desse mundo de falsidades
De hipocrisia
E de falta de caráter
Quando ainda uma esperança resta
Mais um golpe de toda essa insignificância
Chamada humanidade
A faz cair por terra
Existem inocentes?
Decentes?
Ou todos já se corromperam a este sistema?
Quem será o próximo a apunhalar pelas costas?
Quem será o bode expiatório da vez nesta sórdida história?
Existem respostas ou apenas uma infinita interrogação?

giovana mendhes.¸.•*ੴ

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Borboleta Inanimada

(dueto Karla Bardanza e giovana mendhes)
Um luar no chão
Uma mão sem flor
Um amor sem canção
Uma borboleta sem cor

Um boca sem beijo
Uma mulher em conflito
Uma paixão sem desejo
Um amordaçado grito

Um medo no olhar
Um mar sem água
Uma dor de amar
Uma profunda mágoa

Um peito em sangue
Uma eterna madrugada
Um mulher cinza
como a madrugada

Um verso
Que mesmo quando sangra
Não se cala
E o seu choro embala

Um misto
Que dela às vezes toma conta
Transmutando em palavras
Amores e dores

Um sol desbotado
Que desaponta
Não aquece
E que dela sempre esquece

Ainda que ela grite
Dela esse lamento não sai
Sempre existe
Então... Ela desiste

Borboleta inanimada
Que da vida se escondeu
E em seu mundo sem cor
Se fechou!

Karla Bardanza e giovana mendhes
.¸.•*ੴ

terça-feira, 17 de junho de 2008

Ondas Revoltas

Fascínio, paixão... corpos, pele... tentação
Um mito seu, uma mistura de sentimentos e desejos em mim
Recantos obscenos do meu ser que pulsam por ti
Incapaz de resistir...
Acorrentada a esta paixão... me entrego

Despida da timidez que por vezes me toma
Espero insaciável pela tua boca que quando se junta a minha incendeia

Percorre, explora-me com as tuas mãos
Aconchega o teu corpo junto ao meu
Sinta
Inebrie-se nessa paixão
Ondas revoltas
Neste mar de tesão...


giovana mendhes.¸.•*ੴ

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Porque te amo

Aqui, quando tu não estás
Perdida, aluada
No meu mundo
Eu te faço juras
Palavras e poesias
Sigilosas
Que poderiam compor
Mil canções
E nesse meu tempo lunar
Faço-me sua
Num mar noturno de ilusões
E neste sonho solitário
Sorvo o sumo do teu amor
Absorvo cada gota
Sentindo o aroma do teu ser
O toque da tua alma
O silêncio da tua ausência
Mesmo que digas adeus
A poesia minha
Continua te amando
E me fazendo sonhar
Colocando o seu corpo
Junto ao meu
E os versos meus
Por mais que eu tente detê-los
Só me levam para junto de ti
Porque te amo
Por isso me deixo ser assim
E por isso talvez canses de mim...

giovana mendhes.¸.•*ੴ

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Nunca vai acontecer!

Eu posso ser o que você quiser
Santa
Vadia
A que doa
Que cobra
A que castiga
E a que se submete
Posso ser várias em uma
E nenhuma em várias
Posso te levar onde você quiser
Ao céu, ao inferno.
Ou simplesmente te deixar ficar ao meu lado
O que te fará sentir o que é estar no céu
E no inferno ao mesmo tempo
Posso te fazer gostar disso
Querer isso
Precisar disso
Só não me faça ter que deixar de ser eu mesma
Não me peça isso
E muito menos espere isto de mim
Porque isso
Nunca vai acontecer!

giovana mendhes.¸.•*ੴ

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Ação e Reação da Paixão


Aqui ou aí
Não importa
Desde que o nosso ritmo
Que a nossa sintonia seja a mesma
E ela é
Nós sabemos disto
Estamos juntos
Independente de lugar,
Órbita
Galáxia ou planeta
O que tudo isso importa?
Não quero te ver entrando pela porta
E nem saindo pela janela
Quero ter ver
Te sentir
Me invadindo
Me tomando
Feito espírito
Possuindo a alma (me possuindo)
E eu te chamo
Te invoco
Passo as madrugadas te desejando
Te procurando em mim
Siga a tua intuição
Sei que você me quer
Porque eu também te quero
Vamos nos fazer um
Vibrando na mesma freqüência
Movimentos cíclicos
Corpos e almas
Num encaixe perfeito
Tomando, doando
Satisfazendo
Nos entregando
A ação e reação da paixão

giovana mendhes.¸.•*ੴ